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26 de dezembro de 2009


Exigência de nacionalização pode atrasar o pré-sal

25/12 - Daniela Barbosa, iG São Paulo
A exigência do governo de valorizar o conteúdo nacional em equipamentos para exploração do pré-sal pode provocar atrasos e perdas na própria produção de petróleo. Isso porque a capacidade industrial do Brasil hoje é insuficiente para atender a demandas criada pelos novos poços. 

Produção do pré-sal pode ser afetada por                                                                                    
falta de capacitação dos fornecedores 
A Petrobras está disposta a investir cerca de US$ 400 bilhões nos próximos anos, segundo informações da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Boa parte dessa quantia será destinada ao desenvolvimento de novas tecnologias e à ampliação da indústria brasileira.

                                                                               
Pesquisa realizada pela Petrobras mostra que 75% dos fornecedores não estão capacitados para atender as exigências de exploração do pré-sal. A exigência de nacionalização por parte do governo é benéfica no entender dos empresários do setor, mas não pode ser colocada acima das necessidades de curto prazo. Ela deve ser acompanhada de incentivos à capacitação.
Para Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), o pré-sal pode ser uma maldição para o setor petrolífero e para a indústria brasileira, se o ufanismo da nacionalização de equipamentos continuar. “Achar que o pré-sal será a salvação de todos os problemas do País é um grande erro", diz Pires. "O governo está colocando essa exploração no palanque político.”
A ação do governo deve provocar atrasos, uma vez que o Brasil ainda não detém toda a infraestrutura para exploração. O uso de conteúdo nacional pode também encarecer os produtos e criar uma reserva de mercado, como aconteceu na década de 1980, com a indústria de informática.

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